AMT Paraná e PDT Oeste referendam proposta de paridade de gênero em administrações pedetistas

AMT Paraná e PDT Oeste referendam proposta de paridade de gênero em administrações pedetistas

Como encaminhamento do primeiro encontro regional alusivo ao Dia Internacional da Mulher, realizado no sábado (06) pelo PDT da Região Oeste em parceria com a Ação da Mulher Trabalhista do Paraná (AMT-PR), será encaminhada ao PDT Nacional uma proposta para que conste no estatuto partidário que em todas as administrações pedetista prevaleça a paridade de gênero nos cargos de livre indicação no primeiro e segundo escalão.
A proposta, apresentada pela vereadora Ana Lúcia Rodrigues, de Maringá, que participou do evento como convida, foi prontamente aceita pelo PDT Oeste e referendada pela AMT do Paraná.
“Eu, diante de duas importantes referências e lideranças desse nosso partido, me atrevo a apresentar aqui um desafio a vocês: onde o partido estiver no comando do Executivo, que faça prevalecer a paridade de gênero nos cargos de livre indicação no primeiro e segundo escalão e que isso seja incluído no Estatuto”, afirmou a vereadora Ana Lúcia.

A vereadora argumentou que o partido deve ter uma dimensão educativa. “Aí é que entra a questão da paridade de gênero, pois o convencimento deve começar internamente, e todos estarem convencidos da importância dessa proposta”, frisou.

O evento, realizado de forma remota, foi mediado pela presidenta da AMT do Paraná, Ana Moro, e contou também com a participação da presidenta da AMT e vice-presidente do PDT Nacional, Miguelina Vechio, da vereadora Rosemeri Finatto, de Santa Terezinha de Itaipu, da presidente da AMT de Foz do Iguaçu, Neve Góis, e do presidente do PDT de Foz do Iguaçu e ex-deputado federal constituinte, Nelton Friedrich.
Tomada de consciência coletiva
Miguelina Vechio parabenizou a reorganização da AMT Paraná e a retomada das ações do movimento das mulheres no estado. Ela afirmou que é necessária uma tomada de consciência coletiva para avaliar o que as mulheres têm feito para mudar a realidade. “Não acredito em gestões individuais. Eu acredito em gestões coletivas”, reforçou.
A presidente da AMT também firmou que “nenhuma sociedade vai ser livre e igualitária quando mais da metade da população ainda sofre assédio, ainda sofre violência, ainda sofre com diferenças salariais e discriminação”, pontuou.
Para Miguelina, é preciso cada vez mais incentivar a participação das mulheres no processo político partidário e eleitoral porque somente com mais de mais mulheres nos espaços decisórios do poder será possível mudar a realidade.
“A nossa relação com o governo tem que ser respeitosa, mas tem que ser vanguardista também com relação aos interesses das mulheres”, frisou.
AMT Foz do Iguaçu
Ana Moro também reafirmou a importância da organização do movimento das mulheres pedetistas no Paraná e parabenizou Neve Góis por assumir a presidência da AMT de Foz do Iguaçu.
Neve Góis afirmou que é preciso ter claro que o processo político não se resume no processo eleitoral. “O processo eleitoral é só um momento. A gente faz política todo dia, no supermercado, quando compra um café, quando escolhe um lugar onde comprar uma roupa. E as mulheres fazem política o tempo todo, muitas vezes sem saber”, afirmou.
Neve Góis ressaltou que é preciso fazer com que as mulheres entendam a importância do envolvimento no processo político não só da vida, mas partidário. “Esta é a única forma de mudar a política”, finalizou.
Lutas das mulheres
A vereadora Rosemeri Finatto, ao entregar simbolicamente uma flor a todas e todos os participantes, falou da importância da participação das mulheres no processo eleitoral. “As lutas e conquistas das mulheres têm que ser reafirmadas. E é por isso que coloquei o meu nome a disposição. Foi a primeira vez que me candidatei. Porque a acho que a gente tem que se colocar a disposição para fazer essa luta. Não é só sobre oferecermos flores, é sobre refirmar as lutas e conquistar cada vez mais o nosso espaço”, frisou.
Nelton Friedrich falou sobre a história das lutas das mulheres, os avanços alcançados com a Constituição de 1988 e sobre o caminho que ainda é preciso trilhar.
Por fim, Ana Moro ressaltou que “é preciso trabalhar de forma mais afirmativa e contar com nossos líderes para ter vontade política de colocar nossas propostas em prática. De fato a mulher precisam ocupar os espaços, o lugar de fala dela, e o lugar dentro das estruturas partidárias. Vamos colocar em prática o que foi falado aqui”.

 

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